“Os anos passam sem nada poupar. A frescura e o tempo não se podem reter, mas há sempre lugar para receber. Há sempre algo para encontrar em contínua renovação. Só é velho a valer, quem mesmo o quiser ser”. Manuela Mourisca Martins São múltiplos os factores que têm contribuído para que a esperança de vida se tenha prolongado significativamente. A medicina deixou de ser essencialmente curativa para se tornar preventiva. Numa convergência de saberes e num trabalho multidisciplinar, esta cercou-se de ciências complementares que não só ajudam a prevenir a doença, como inclusivamente a retardar o envelhecimento. Hoje sabe-se que enquanto o crescimento físico estaciona com a idade, há destrezas físicas cognitivas e psicológicas que estimuladas continuam a desenvolver-se até muito tarde. Na época em que vivemos, os idosos têm uma importância vital, embora nem sempre reconhecida. São eles que com a sua experiência vivida enraízam as gerações seguintes, selecionando valores e saberes imprescindíveis para uma identificação cultural correta e adequada a um projeto de vida coletivo. Devemos ter sempre presente a ideia segundo a qual por cada idoso que morre é uma biblioteca que desaparece. Sobre o tema “Dar vida aos anos”, grande desafio das sociedades ocidentais, pretendemos acrescentar vida aos anos depois de terem sido somados anos à vida. O envelhecimento saudável é pois, o grande desafio. É possível promover a saúde e qualidade de vida, mantendo o corpo em forma, através de uma alimentação adequada e do estímulo físico, zelando pela agilidade mental e intelectual. Neste sentido prestamos um conjunto de serviços que contribuem para o bem estar dos idosos no seu meio sociofamiliar, assim como a promoção e defesa dos seus direitos. “De avós contadores de histórias teremos que assumir também o papel de AVÓS lúcidos, ágeis no pensar e no sentir, que apontam o sentido do futuro numa direção mais digna, mais humana, mais justa e mais bela.” (Zélia Teixeira) |